domingo, 7 de dezembro de 2008

Emoções de outrora... Palavras de agora...

Boa noite a todos, são 3:30 da manhã, e o Sr. Pestana à muito que me bate à porta, mas não pude ficar indiferente, mas ressentido... nostálgico e de certa forma apercebido, que muito ficou por dizer, e talvez ainda mais por fazer, esclarecer; outros caminhos no passado podiam ter sido tomados, ou outras formas de combate num passado já mais recente... Sentimentos e emoções, trazidos à superfície e relembrados, na sua quase exacta essência por uma música que reencontrei aqui à pouco... perdida pelo tempo.

Tentei escrever um verso, um qualquer poema, mas não consegui, a alma, o pensamento e a memória me bloquearam (e o cansaço talvez tenha o seu contributo também). Venho aqui então falar por palavras simples, do assunto do amor, delicado, frágil, fraterno e essencial! Talvez o venha falar por necessidade própria, talvez sinta necessidade de remexer o passado (pois a verdade é que até sou muito nostálgico), tentar perceber ainda melhor certos pontos e falhas... ou dar ainda mais a conhecer esta minha história, que tanto valorizo, que tanto me magoou e ensinou, e talvez dizer a muita e tanta gente, que há certas situações na vida, em que o coração e a cabeça devem pensar em conjunto, e que pura e simplesmente o erro é de se evitar a 100%, ainda que aprendamos com isso.

Pois eu não sei a que situação terei chegado... não sei o que pensar, o que sinto. Sei que ainda não a esqueçi, e sei que a amei à quatro anos atrás... não sei é se ainda a amo, ou se terei perdido este sentimento dorido no tempo... talvez até tenha perdido a própria sanidade mental!

Continuo ouvindo esta música, que foi perdida no tempo e no espaço. Recordo na perfeição os momentos passados, as memórias perdidas... lembro-me do calor do seu abraço, do bater nervoso do meu coração, e ao mesmo tempo da naturalidade e tranquilidade em que ela me conseguia deixar... lembro-me do quanto ela era importante para mim, independentemente de qualquer circunstância, e do quanto me magooei a mim mesmo, apenas para protegê-la acima de tudo, pois tenho completa noção que toda a dor sentida terá vindo das minhas acções, pois eu censurava-me a mim mesmo, o meu próprio sentimento, e não são poucos os meus amigos que sabem que não passei bem, que sabem as muitas e tantas lágrimas que derramei, e que ainda assim, todo e qualquer momento passado a seu lado era mágico... pois era ela com quem queria estar.

As circunstâncias entre nós não ajudavam, podiamos ter todas as semelhanças em aspectos de amizade, mas tinhamos todas as diferenças em aspectos de amor. Sei que muito sofri por minha própria culpa, mas que disso não arrependo, pois foi tudo por ela. Mas sei também que errei em diversos pontos, erros estúpidos, que ainda mais me magoaram a mim, e que sei que a magoaram a ela... estes erros, não sei se alguma vez os perdoei a mim mesmo... Gostava que hoje as coisas fossem diferentes, gostava que a amizade se tivesse mantido tão forte quanto era, e que as coisas no passado tivessem sido diferentes, gostava que não existissem aquelas diferenças que a sociedade e cultura humana em certos grupos censura, que as questões emocionais tivessem sido diferentes... e que eu próprio tivesse sido diferente nalgumas situações!

Mas sinto falta realmente, do que é sentir todo este calor dentro de mim, o sentir a presença de alguém que é tão importante e que tanto me toca... o explorar e aprender, o sentir acompanhado e acompanhar... o sentir completo!

4:06 AM

Boa noite.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Manifesto

Qual paisagem sufocante...
Qual arte ficcional...
Já temos um bem real,
Uma visão marcante!

Um valor tão velho quanto a vida,
Tão perfeito quanto o Céu!...
Em que nuns casos será arte, noutros será a “Dita”!
Ainda mais magnífica se de véu.

Já tanto nos queixamos nós acerca de nós próprios.
Pois se o Homem é imperfeito, que será a Mulher então?
Um ser que manterá nossos espíritos algo sóbrios,
E ainda a cada um de nós capturar o seu coração...

Posso não acreditar num Deus, ou numa divindade,
Mas acredito na perfeição do imperfeito...
Na beleza de uma restrita entidade!
E ainda naquilo de que sou feito...

Gostava de despejar toda esta paixão...
Todo este calor cá dentro concentrado!
Abrir por inteiro meu coração,
E abrí-lo para alguém que o mereça,
E que o consiga tornar apaixonado...


Mulher não é para ser usada!
Mulher, é benção... o esquecimento de um maldito Mundo.
Mulher é para ser respeitada, para ser protegida...
Para ser cuidada, defendida.
Do sagrado Ela é uma feição...
Tudo isto e muito mais, o que a Mulher é no fundo...

Mulher é para ser apreciada,
É para ser amada!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

. . .

Descrição da foto: "Céu nocturno estrelado, infinito e iluminado, como que com uma profundidade desconhecida."


Em estrada aberta,
Perguntando por um destino certo
Em um céu alto e profundo...
Falta-me a direcção da seta...
Para qual euforia,
E em que utopia me perco...
Na imensidão deste Mundo!

A essência da Humanidade e da vida,
Já faz falta em algo que como tal se preze.
Então talvez semi-humano, não-vivo.
Sentimentos e paixões, alguém que os diga,
Se assim os sente! A mim próprio me cito,
Numa vida minha pensando eu como tese.

Sinto falta de ser humano! Sinto falta de ser completo!
Mas ao mesmo tempo, sei que não o posso ser.
Contento-me eu com a textura de um pano... pois meu passado é ferro!
Um desejo penado de algo vital, algo que talvez ache que não possa ter.
A única verdade absoluta e indubitável, de que não sou... e não sei se já fui certo!

Falta-me paixão! O desejo ardente de ser desejado!
A insólita esperança de uma metade à muito perdida!
E ao mesmo tempo, não sei se estarei preparado...
E também não sei se esta alma ainda é, mas sei que já foi sofrida.


ps: escrito do meu mais profundo desconhecido, onde isso fica? Não sei, mas são terras de ninguém...

Boa noite.

domingo, 19 de outubro de 2008

Catarina: A lenda de um crime autorizado

Catarina Eufémia (Baleizão, 13 de Fevereiro de 1928 - Monte do Olival, Baleizão, 19 de Maio de 1954), reconhecida, solidáriamente e com sentimento de vingança pelos milhares que testemunharam sua tragédia, como um símbolo da resistência anti-fascista no Alentejo no tempo do Estado Novo; não por nome nem por mais nada, apenas pelas circunstâncias... apenas quem testemunhou, sabe o que sentiu...

Catarina era uma ceifeira portuguesa, no interior alentejano, mãe de 3 filhos, e grávida do quarto. A 19 de Maio de 1954, Catarina e outras 13 ceifeiras foram protestar junto ao feitor da propriedade onde trabalhavam, por um aumento salarial de dois escudos (!). As ceifeiras e o seu protesto foram tomadas como hostis, tendo o feitor mandado chamar o proprietário e a GNR a Beja com a presença da PIDE.

Depois de chegada a GNR, à pergunta de um oficial Catarina terá respondido que tudo o que queriam era "trabalho e pão". O oficial terá respondido com uma bofetada que a mandou ao chão, erguendo-se e afirmando: "Já agora mate-me!". Catarina, de 26 anos de idade, analfabeta, na altura com um filho de 8 meses em seus braços e grávida do quarto filho, terá sido assassinada brutalmente com uma rajada de metrelhadora à queima-roupa, pelas costas... o filho de 8 meses terá ficado ferido na queda, o outro filho ainda por nascer terá morrido com a mãe!

Temendo a reacção da população, as autoridades resolveram realizar o funeral às escondidas, antecipando-o de uma hora em relação àquela que tinham feito constar. Quando se preparavam para iniciar a sua saída às escondidas, o povo correu para o caixão com gritos de protesto, e as forças policiais reprimiram violentamente a população, espancando não só os familiares da falecida, outros rurais de Baleizão, como gente simples de Beja que pretendia associar-se ao funeral.
Nove camponeses foram acusados de desrespeito à autoridade, e condenados à prisão. O oficial, assassino de Catarina, prosseguiu normalmente as suas funções na GNR.

Pergunto-me, como crimes tão horrendos, imorais, desumanos... podem passar impunes...
Ainda hoje em dia muitos recordam Catarina como a real tragédia, símbolo das vítimas e dos crimes cometidos por tal regime...


Poema de Vicente Campinas, em homenagem a Catarina:

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer

Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou

Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

Aquela pomba tão branca
Todos a querem P´ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

Aquela andorinha negra
Bate as asas P´ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer.

sábado, 18 de outubro de 2008

Nojo!! Raiva!!

Raiva!!

Raiva ao sistema, por aqueles que sofrem sem justiça!! Ódio, repugnância, pelos que retiram às crianças o direito a serem crianças!! Ódio, a um sistema que semeia o ódio!!

Sinto nojo, por este sistema criminoso e imoral, a que sujeita os mais fracos à exploração contínua, à exploração de uma espécie supostamente racional por si própria!!

Sinto raiva!! Raiva pelas epidemias evitáveis e estúpidamente inevitadas!! Ódio, desprezo por este sistema que propaga a fome em prol do capital, desvalorizando a vida humana!!

Odeio!! Sinto repugnância!! Raiva por este sistema mortífero condenador da vida, da justiça e da liberdade!! Nojo por um sistema que obriga crianças à prostituição, apenas para aliviarem a fome!!

Raiva!! Ódio por um sistema que idolatra o abuso de poder e despreza o trabalho!! Sinto nojo!! Repugnância pelas malditas guerras, existentes apenas para sustentar este maldito sistema, condenando inocentes, vítimas do sistema e da guerra!!

Sinto nojo!! Raiva!! Por este sistema que alimenta o ódio racial!! Ódio por um sistema que atribui ainda mais poder aos que já o têm em demasia, e explora e injustiça aqueles que não têm nada!!

Repugnância!! Ódio por um sistema onde os mais fracos têm de pagar pelos erros dos mais fortes, ainda para além da sua exploração!!


Odeio este sistema, sinto raiva... sabendo que todas estas situações e muitas outras poderiam ser evitadas... mas aqui o dinheiro vale mais que uma vida humana...

Aos senhores do capitalismo e do imperialismo, eu pergunto: "De que vale ser-se humano, senão se possuir um mínimo de humanidade?"


Quero cantar...
Cantar aos pássaros e às pessoas
A razão de um pensar,
Da existência em que voas.

Quero superar as palavras,
E consegui-lo com música,
Na ambição do que pensavas
Em cada pessoa como única.

Para a fogueira quero musicar
E gritar pela noite o hino de todos,
Acalmar todo e qualquer choro
Pela expansão de um novo amar.

Gritar às malhas da Humanidade
E à Terra que não é minha é de todos,
Falar por tudo aquilo que somos...
Um motivo de liberdade!

Vou abençoar esta terra
Negando qualquer dilema,
Pois o Homem não é fera...
Neste terceiro Mundo de nosso Sistema!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Desabafo espontâneo

Porquê que o fantasma do passado ainda me assombra?
Porquê que a memória ainda me doi?
Porquê que a imagem ainda me perturba?
Porquê que o coração ainda aperta, e a cabeça se incomoda?

Porquê tanto me prendo? Desculpem-me, mas não compreendo...


Porquê que ainda suspiro perante fotos...
Porquê que depois de tanto ainda sinto saudade...
Porquê que neste assunto, nunca poderei ter votos...
Porquê que me falta tanto uma metade...

Porquê?

Gostava de saber, porque se vai a história
Mas sempre fica o passado...
Porquê que guardo a memória,
Como um tesouro tão procurado?

Para quê mares? Para quê vagas?
Se há pares... e almas dadas...

Saltam lágrimas, de coração e a chão...
Lá se vai o riso, mas de nada sei o siso...
Pelos momentos que já lá vão...

É sinistro, curioso...
A poderosidade da ferida,
Não ministro, não penoso...
E ainda sem partida,
Tal fantasma... tal mágoa,
Que não me afasta, mas tanto maça.

Será esta, uma dor eterna?
Talvez, mas também será fraterna...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Compaixão

Boas noites, mais uma vez decido cá voltar, apenas para descrever um episódio que passei à tempos, e talvez a diferença e angústia, não por mim, mas por outros.

Neste caso, uma única pessoa me chama a atenção... um único indivíduo mas que serve tão bem de símbolo aos mais descriminados, e também injustiçados seres humanos no nosso planeta, ou pelo menos no nosso Portugal e em outros países que partilhem do mesmo sistema.

Numa bela noite, em que apenas necessitava de sair de casa e apanhar um pouco de ar fresco, decido acompanhar um amigo ao Estoril que ia buscar a namorada. Na vinda, a caminho de Algés, eu sentado sozinho num daqueles agrupamentos de quatro bancos no comboio, entra um indivíduo negro já de certa idade, cego e óbviamente pertencente à classe trabalhadora (ou que pertencera, uma vez que era cego) devido às vestes visivélmente pobres e maltratadas. Bom, o meu amigo ajudou o homem a encontrar o caminho para o banco. O seu rosto era feito de mágoa, as suas mãos de calos... era uma imagem que sem dúvida a mim fazia tremer de solidariedade, e de vontade de ajudar ou fazer algo... mas a minha condição de popular não o permite. A determinada altura, este homem humilde canta baixinho para si mesmo, canções diria eu outrora de outros tempos, mas ainda assim enquadravam-se na perfeição nos tempos de agora. Canções revolucionárias, mas talvez até não fosse essa a natureza real dessas canções... eram canções de humildade, que falavam da tristeza de um homem que trabalhava dia e noite para sustentar a sua família, e que não dava importância às injustiças sofridas por si, pois apenas lhe interessava o seu dever social: o trabalho, por mais forçado que fosse, pois apenas isso o permitia sustentar aqueles que tanto ama: a sua família.

Era capaz de jurar, que vi o homem chorar para si... perguntei-me a mim mesmo que histórias passadas será que esconde aquele homem, aquele pobre trabalhador, aquele ser descriminado!

Um dia alguém o disse: "Se você tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros", foi Che Guevara que o disse, e posso dizer que concordo a 100% com isto, eu como revolucionário e tantos outros, pressentimos cá dentro as mágoas de outros... queremos lutar tanto e ao mesmo tempo tão pouco podemos fazer por aqueles que mais precisam... a angústia e a compaixão sentida por aqueles que tanto sofrem neste Mundo...

Um dia, à mais de cem anos, onde ainda não havia nenhum conceito de Capitalismo, Socialismo e mais o que quiserem, um filósofo e economista já achava degradante o estado do Mundo, a pobreza injustificável e a injustiça intolerável... não havia portanto naquela altura capitalistas nem comunistas... havia apenas aquilo a que hoje se chama Capitalismo Selvagem.
Esse alguém, tentando fazer algo para melhorar o estado da população em todo o Mundo, elaborou a partir do sistema que já havia e que hoje há (Capitalismo Selvagem, hoje apenas Capitalismo), um sistema mais igual, mais justo, em que era possível conceder condições humanas a toda a gente que o seja... protegendo o trabalhador da injustiça sem descriminar o poder hierárquico do patronato (naquela altura a burguesia). Essa pessoa era Karl Marx, fundador do Marxismo, a primeira e ainda a mais seguida vertente do Socialismo, ainda hoje com esse nome mas já sendo maioritáriamente Revisionista. Mas ainda assim, muitos não o consideram o primeiro, pois alguns consideram como o primeiro comunista Jesus Cristo, alguém que lutou do lado do povo, para combater a desigualdade e o poder dos Romanos.
Muitos nos chamam sonhadores e que desejamos o impossível e por vezes até a maldade, pois bem, também foi o que chamaram em tempos aos républicanos e aos jacobinos da Revolução Francesa!

Na história que referi mais acima no texto, disse que saíra de casa apenas para apanhar um pouco de ar e encontrar com um amigo... sinto compaixão, ao pensar que tantos outros não saiam de casa para apanhar ar, simplesmente por não terem uma, ou que não saiam para ir ter com um amigo, por não os terem, traídos pela vida...

Abaixo neste texto está um outro poema escrito por mim, o primeiro que escrevo em homenagem a outra pessoa que não conheço... mas que apenas vi e me inspirou um tal espírito chamado de revolucionário, e senti solidariedade... por esse, e por tantos outros...

Talvez um dia, a imagem do Socialismo manchada por tantos desapareça, e os mais necessitados possam respirar livremente... talvez um dia...


Em tempos de guerra...
Guerra social
Apenas governa a fera,
Alimentando a muitos o mal.

É neste Mundo a lutar,
Que algures na maldade herança
Oiço o cantar de um pobre popular...
Um cantar de esperança!

É algo que me faz pensar...
A discriminação, o limite e o esforçar,
E ainda assim a humildade
De um pobre trabalhador,
Guardando para si toda a dor
Do preconceito desta cidade.

O pensar na razão de tudo isto...
Na injusta e tão imperfeita sociedade,
E que num Mundo ainda assim misto
Toda a massa luta por igualdade.

Aqui o chorar de um cego, o berrar de uma criança
Não serve de nada,
Enquanto os maiores receberem a herança
Daquilo que tanto mata!

Mas ainda assim,
O cantar de um cego ganha plateia,
Pelo desesperado fim
De um sistema que não nomeia!

Mas talvez um dia,
A este e tantos outros...
Talvez um dia,
A estes venham louros...

sábado, 5 de julho de 2008

Valores humanos


Boa noite, chego agora do Bairro Alto, e deu-me para vir cá escrever umas baboseiras, já cá não vinha à algum tempo.

Eu como homem, como ser humano, penso e repenso nos meus valores como tal, naquilo que devo escolher como prioridade, o que desejo para mim e para os outros... um conjunto de coisas. Como todos sabemos, homem não é homem senão tiver sonhos por realizar, ou nem que seja apenas motivos para sonhar, sem isso não passaríamos de um animal sem alma deambulando por este Mundo de ninguém.
Um dia alguém o disse, e apoio plenamente essa afirmação, «Tudo o que hoje é realidade, outrora foi um sonho!». Acho que não vale a pena destacar aqui os meus sonhos ou realizações que tanto desejaria, gostava apenas de destacar, que sinto grande dever e também vontade de apoiar em que questões forem, aqueles que me são próximos... a minha família, as pessoas que eu amo, os meus amigos e todos os outros que me rodeiam... e não em menor grau todos os outros habitantes deste planeta!

Todos temos pequenos sonhos, outros também os têm grandes (e por vezes demasiado grandes), eu como qualquer pessoa, desejo realizar-me a nível professional e social, de modo a garantir as boas condições às futuras gerações da minha família, e se possível, de muitas outras.

Alguns concerteza hão-de ter grandes sonhos, os quais não acreditem poder realizá-los e achem normal mesmo assim tê-los, não irei destacar aqui o meu grande sonho, chamar-me-iam louco, mas penso que todos nós tenham o seu pedaço de loucura... o meu é virado para a Humanidade, gostaria de deixar cá uma marca, uma esperança ou um sinal, de como ainda há a crença de novas eras de paz e fraternidade, e não deixar este Mundo sem que faça algo para que a situação humana melhore... penso que seja isto que me distingue como comunista... e tantos outros que não saibam que o são.

Por último, e fugindo um bocado ao tema, está aqui um outro poema escrito por mim, dirigido à pessoa que tanto o mereçe e que tanto amo, ela sabe quem é. :)


Um barco derivando...
Variando na maré,
Por este extenso mar cruzando
Em busca de um motivo de fé.

São largas as vagas que o trespassam,
Largas as horas de tormento,
Transformando cada momento
Em dilemas que tantos pensam.

É por um destino que não conhece,
Por um motivo que não percebe...
E ao mesmo tempo que tanto quer!

O Céu inundado de azul,
Que lhe faz pensar na beleza deste Mundo,
Percebendo sempre no fundo
Para que sentido é o seu Sul!

É uma lição de ironia,
Que faz crescer este marinheiro,
Olhando para a eterna estadia
Neste mar de que é pioneiro.

Questiona-se a ele próprio
Sobre a sua própria natureza,
Que sempre tivera sóbrio
Com uma absoluta certeza...

No mar profundo onde é navegante,
A rota sempre tivera traçada...
Um mero amante
Em busca de sua amada!

Uma lição de vida...


Como todos sabemos, os e-mails recebidos relatando acontecimentos maus são duvidosos, por isso, não iria pôr qualquer um desses neste blog... mas este chamou-me a atenção, em primeiro lugar por não transmitir qualquer envio ou número de envios necessários, e depois por ser uma história de vida dramática, e ao mesmo tempo de tentativa para que mais nada disso se volte a repetir, mesmo sabendo que a pessoa em causa jamais teria uma segunda oprtunidade... uma autêntica lição de vida.
"Cravei" o texto a um outro blog, concerteza o dono do blog não se importa, pois não é o autor do texto. Leiam e reflictam!


"A TODOS OS MEUS AMIGOS E AOS AMIGOS DOS MEUS AMIGOS Chamo-me Ricardo Matos, tenho 35 anos e não sei se faço os 36! Irónico? Não. Sou realista… e já vão perceber porquê. Sou casado (em união de facto, o que para mim é a mesma coisa) há 6 anos. Um casamento feliz, vários desentendimentos ao longo deste tempo, mas nada que possa ter posto em risco os sentimentos fortes e recíprocos entre mim e a mulher da minha vida – a Paula. A prova está nos 2 seres mais importantes do mundo para mim – os meus piolhinhos – Nádia e André. A Nádia nasceu 1 ano depois de nos juntarmos – veio alterar por completo a nossa vida – os serões com os amigos passaram a ser em casa, o Bairro Alto e o Lux passaram para 2º plano. Mas não fez mal, pois a nossa maior alegria era partilhar todos os momentos com a nossa filhota. Cada gracinha,cada progresso do seu crescimento tinha que ser vivido pelos 2, ou sentiríamos inveja um do outro (no bom sentido). Passaram 3 anos e nasceu o André. Espevitado e muito manhoso, sempre foi um terror, desde o dia em que nasceu. Veio alegrar ainda mais a nossa vida. Antes de nascer o André, passei por um período complicado. Eu e a Paula discutíamos muito, a gravidez dela foi complicada, ela passou muito mal, o humor dela alterou-se completamente, teve algumas complicações e ficou de baixa a partir do 4º mês de gravidez… e eu não tive paciência nem coragem para a apoiar. Eu e a Paula chegávamos a discutir sobre quem deveria levar ou ir buscar a Nádia ao infantário. Eu achava que ela deveria fazê-lo por estar em casa “sem fazer nada”, ela dizia-me com toda a razão (hoje admito), que se estava de baixa, por algum motivo era. Não podia fazer esforços nem pegar em pesos, mas eu, no meu mais puro egoísmo,nunca parei para pensar. Eu não fui um bom marido, nem um bom pai, optei pelo caminho mais fácil e refugiei-me nos meus amigos, na noite, nos copos… O ambiente em casa ficou de cortar à faca, tudo era problema para a Paula, em contrapartida, lá fora tudo era maravilhoso, não havia stress com nada, eu era solicitado pelos meus amigos, ninguém fazia perguntas, ninguém me criticava, tudo era perfeito!!! Até que um dia, numa das minhas saídas nocturnas, conheci mais profundamente uma das amigas da noite: o nome dela era Mónica, tinha 25 anos, não era propriamente bonita, mas era aquilo que se chama “um chuchusinho”. Até esse dia, brincávamos um com o outro, provocávamonos mutuamente, chegámos até a trocar uns beijinhos inocentes, nada de importante. Mas nessa noite, foi diferente, eu tinha vontade de extravasar, não me apetecia pensar na minha vida actual, naquele momento, rejeitei completamente pensamentos sobre a minha vida, a minha mulher, a minha filha… o meu filho que vinha a caminho. Acabei a noite num hotel, achando que o meu acto era apenas um desabafo, pois se a minha vida estava virada do avesso, que mal fazia tentar alegrar-me um pouco?! Cheguei a casa à hora do almoço, deparei-me com a cara da minha mulher, a cara de quem tinha passado a noite em branco, angustiada e triste. A minha filha não entendia nada, apenas ficou feliz por ver o pai, sem perceber porque é que ele passou a noite fora. Desculpei-me com os copos, arranjei o álibi perfeito, disse que bebi demais, não estava em condições de conduzir e fiquei a dormir no carro, juntamente com um amigo. Não sei se a Paula acreditou. Só sei que não disse mais nada. Eu senti-me mal, mal por mentir, mal porque senti nojo de mim próprio, pelo que tinha acabado de fazer. Uma noite perfeita acabou num peso brutal na minha consciência. A Paula não merecia nada do que eu tinha feito. O tempo foi passando, as mágoas foram-se atenuando, mas as coisas entre mim e a Paula nunca mais foram as mesmas. Até que nasceu o André. Aí, baixámos as armas por completo e prometemos um ao outro que nunca mais íamos deixar as coisas chegar à exaustão. Éramos uma família e tínhamos que lutar por ela, por nós e principalmente pelos nossos filhotes. Esqueci o assunto, “redimi-me dos meus pecados”, dedicando-me à minha família. Mas sempre que me olhava ao espelho, sentia-me um cobarde pela traição e por não ter assumido os meus actos. Mas também, isso poderia estragar tudo. Era melhor ninguém saber de nada. Há cerca de um ano atrás, a Paula foi ao médico, por causa de umas dores que andava a sentir. Fez exames e detectaram que tinha quistos nos ovários. Teve que ser operada e para tal, foi submetida a uma série de análises – prática comum antes de uma cirurgia. Entre as análises estava a avaliação sobre o HIV. Qual o problema? Nenhum. Nunca poderia acusar nada… mas acusou. A Paula estava infectada com o vírus da sida e a tempestade caiu de novo nas nossas vidas. Tive que admitir o meu erro e automaticamente, fiz também análises. Estava também infectado, fui eu o causador de tudo, de certeza absoluta. Lembrei-me da inconsciência daquela noite, de tudo o que fiz e do que não fiz. Como é que eu pude fazer o que fiz sem usar preservativo, com uma pessoa que eu conhecia há tão pouco tempo. Mas tinha tão bom aspecto… quem haveria de dizer… Percebi também porque é que os antibióticos que andava a tomar não faziam efeito como deviam. Estraguei a minha vida, a vida da minha mulher, dos meus filhos, dos meus pais, de toda a família. A Paula ficou portadora do vírus, por minha culpa. A lição que aprendi, a um custo tão elevado foi que o amor vence tudo. A Paula deu-me uma chapada psicológica que eu nunca vou esquecer. Perdoou o que eu lhe fiz e tem-me proporcionado os melhores momentos da minha vida. Hoje, estou deitado numa cama, sem fazer esforços. Estou com uma broncopneumonia grave, o meu organismo não responde aos tratamentos, não sei quantos dias vou durar. Se me safar desta vez, vou continuar a viver cada momento como se fosse único. Estou angustiado por não haver nada a fazer, pelas consequências do meu acto inconsciente. Quanto à minha amiga, a Mónica, perdi-lhe o rasto, tentei contactá-la logo que aconteceu tudo, mas nunca atendeu. Será que sabia o que tinha? Quantas mais pessoas teriam a mesma coisa? Estas são perguntas para as quais nunca vou ter resposta. Percebi a importância da vida, que, se tivesse uma 2ª oportunidade,nunca desperdiçaria os melhores momentos, as gracinhas dos meus filhos, o amor da minha mulher. Porque escrevo? Porque quero passar a mensagem a todos os meus amigos e a todos os amigos dos meus amigos. Eu não tive uma 2ª chance, não pude voltar atrás, estraguei tudo. Por isso peço-vos: Não desperdicem as oportunidades da vida. Ponderem sobre o que é mais importante para vocês. Quando “brincarem” com alguém, conhecido ou desconhecido, por mais confiança que possam ter, protejam-se. O bom aspecto das pessoas não indica se estão ou não contaminadas. Cuidado com as caras bonitas (isto é válido também para as mulheres, claro). Mesmo com protecção, façam o teste HIV, porque nunca se sabe. Quando o fizerem, se estiverem a trair alguém como eu (custa muito admitir, mas foi mesmo traição o que eu cometi), cuidado, pensem que não podem estragar mais ainda a vida das pessoas. Eu não consegui voltar atrás mas quero que o meu caso sirva de exemplo. Não vou chegar aos 36 anos, vou deixar para trás uma história de vida muito bonita, os meus filhos, a minha mulher, toda a minha vida. Eles vão ficar marcados para a vida toda, principalmente a Paula que tem a vida dela estragada à custa da minha irresponsabilidade. Peço que não escondam nada dos meus filhos, quero que lhes contem tudo o que o pai fez, que lhes mostrem esta carta, quando puderem entender. Perdi o rasto a muitos amigos de escola, da faculdade e de outros andamentos. Por isso mesmo, quero pedir a quem tem esses contactos, que forme uma corrente e mostre a minha mensagem. O meu exemplo tem que servir para alguma coisa. Como não posso viver, pelo menos a minha morte poderá evitar outras, assim o espero. Às pessoas que me conhecem, provavelmente vão ler a mensagem depois da minha morte: nunca tive inimigos por isso posso dizer que tive todo o prazer em vos conhecer, em ser vosso colega, vosso amigo… não chorem a minha morte, ou se chorarem, sorriam ao mesmo tempo e pensem que a vida é maravilhosa, basta nós querermos. Por último, peço a todos os que lerem a minha mensagem, que pensem sobre o significado de curtir a vida. Curtir a vida não é fazer o que eu fiz. Pensem muito nisso. CURTAM, PROTEJAM-SE E VIVAM FELIZES!!!
Com saudades da vida Ricardo Matos
Lisboa, 27 Fevereiro 2008 "

sábado, 10 de maio de 2008

Felicidade, amizade e... música.

Boa tarde (que 3:30 da manhã já é tarde),... fazendo uma pausa de questões políticas/ideológicas, venho aqui falar do que nos distingue como seres humanos, do que nos separa do irracional como racional, do que nos distingue de selvagens e civilizados, e ainda assim nos conserva numa condição natural. Não devemos apenas ver o que há de mal no Mundo, pois embora persista muita maldade, guerra e fome, há ainda no meio da confusão a esperança do que é bom, do que aguarda pelo seu lugar, uma existência de bem, união... e fraternidade. Venho então falar, superficialmente, da condição de felicidade, que muita gente considera inalcansável, mas que eu discordo; do acordo de amizade que une os homens nos termos de irmandade e fraternidade; e na essência da música... música tão silenciosa e ao mesmo tempo tão vibratória dentro de nossos corações, que por vezes chega aos ouvidos dos outros. Isto, é a condição de ser apaixonante, interessado, e por fim também mágico que vive no fundo de todos nós.

O que tento transmitir é forte ao ponto de não ter a certeza de se o exprimo correctamente, falo de momentos alegres, que nos fazem viver intensamente a vida pois até o pormenor tem direito a fala aqui, de um momento de convivência que se conta os anos que já lá vão e se tende a valorizar a amizade, e também o amor, que sem dúvida é aquilo que nos contraria como seres de natureza violência e interceira, mas nos apoia como sensibilidade e interesse.

Se há coisas que valorizo, é a amizade, por ter amigos tão fiéis aos quais sou fiél; e o amor, por saber o que é amar e ser amado, e o que é chorar e rir...

Sem dúvida é algo que me faz olhar o passado, medir o que presenciei, as histórias que me chegaram aos ouvidos, as imagens e sons que me chegaram aos sentidos, e reparo e reconheço o real valor do que tudo isso tem na consequência pela pessoa que sou hoje.

Não sei se consegui exprimir o que pretendia, mas embora talvez seja momentâneo por hoje, sinto-me feliz, por mim e pelo que se passa à minha volta, mas sobretudo por meus amigos. :)
Mais um pequeno poema por mim, espero que gostem... boa noite.

Humanidade que planeta governa,
Ou planeta que isso contrarie,
Nada disso interessa
Pois não há nada que me arrepie.

Há apenas um Mundo de sentimento,
Que com a palavra certa,
Se vive um momento
Em que o coração aperta.

Muito há para amar,
E tão pouco para afirmar...
Mas apenas o correcto
Pois isso é algo, de certo.

Ama, ama e cuida o que adoras,
Aquilo que te pulsa o coração
Num tempo que não demora,
Pois aqui o tempo é campeão!

Ama pois mais nada importa,
Não desejes mais nada do que o essencial...
Pois a única porta
É a felicidade real.

Ama, vive e aprende,
O que de bom há na vida,
Aquilo que te prende
E que o coração cita.

domingo, 27 de abril de 2008

Eu, Comunista...

Eu, Comunista, acredito na liberdade de todos.

Eu, Comunista, acredito na justiça e numa vida digna.

Eu, Comunista, acredito que o Povo faz a Nação.

Eu, Comunista, acredito na inovação e no progresso.

Eu, Comunista, acredito que a Paz pode triunfar.

Eu, Comunista, acredito na democracia.

Eu, Comunista, acredito numa Lei igual perante todos e na igualdade de todos perante a Lei.

Eu, Comunista, acredito que devemos assegurar um futuro às próximas gerações.

Eu, Comunista, acredito na união entre cidadãos, entre povos, entre nações...

Eu, Comunista, acredito na fraternidade.

Eu, Comunista, acredito num trabalho digno.

Eu, Comunista, acredito que todos temos uma opinião.

Eu, Comunista, acredito na luta pelos direitos de cada um.

Eu, Comunista, acredito num futuro em que todos vivemos uma vida digna, em paz.

Eu, Comunista, acredito que podemos vencer a discriminação.

Eu, Comunista, acredito que podemos conquistar uma sociedade e um Mundo melhor.

Eu, Comunista, fui censurado...


E tu, que és?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O que houve em Abril... e o que ainda falta haver!

Como ser humano, como comunista assumido e, acima de tudo, como português não há dia que mais signifique para mim, que aquele que marcou o fim de uma época de terror.
Foi a revolução mais pacífica e menos sangrenta de sempre (4 mortes), que falou bem alto pelo nome de Portugal, dos portugueses, do que há muito estava em falta e de um povo que sobrevivia e resistia, e que jamais desistira do seu direito à liberdade, à igualdade e à fraternidade, e temos de sempre agradecer e recordar aqueles que mais resistiram e lutaram pelo que temos hoje (desde Álvaro Cunhal na resistência e persistência, e Salgueiro Maia na acção como aqueles que mais acreditaram no povo português).

Pôs-se fim a uma ditadura depois de inúmeras tentativas, em que uma acabou por dar certo, conquistou-se a Democracia, a liberdade, a igualdade e a justiça (embora estes dois últimos ainda tenham de evoluir muito). Mas nem tudo é um mar de rosas (ou de Cravos), ainda muito há por conquistar, não só em Portugal mas no resto do Mundo, ainda milhões de crianças dormem nas ruas todas as noites, ainda milhões de crianças se prostituem para comer uma vez ao dia, continuam a morrer inocentes em guerras que deviam ser só dos políticos, ou melhor, que deviam ser apenas discursivas...
Ainda muitos humanos são explorados por outros, mesmo em Portugal; ainda existe muita desigualdade em todo o Mundo e falta de justiça... cabe a nós, humanos e populares lutar pela igualdade e por um tratamento justo.

Foi a época que marcou Portugal, fez sofrer portugueses e não só, e ainda há claras marcas desse regime demoníaco... mas é como português que tenho orgulho na minha história, como popular que honro a minha classe, e como comunista que acredito na minha ideologia!

Fica mais um da minha autoria, espero que gostem... Abril é nosso!

Tempos prisioneiros
E vidas roubadas,
Genocídios perfeitos
Em frentes armadas!

Tanta arma bélica
E um regime com tanto mal,
Nesta masmorra Ibérica
Que foi Portugal!

Uma luta de amor e resistência constante
De um povo de emoção febril...
De uma Nação apaixonante,
E a liberdade floresceu vermelha em Abril...

domingo, 6 de abril de 2008

Nostalgia

Boas noites, já cá não vinha à algum tempo, hoje decidi vir cá escrever umas coisinhas... deu-me vontade de falar deste assunto, pois sempre fui muito nostálgico, e vim hoje aqui comparar a pessoa que fui com a pessoa que sou, a forma como via o Mundo e a forma como vejo, a forma como vivia cada dia e a forma como vivo...

Serão sempre boas recordações, as passadas na infância, presentes como memórias eternas e, com alguma atenção, precebemos as grandes diferenças de nós como crianças e como maiores.

Em criança, meu pai diz-me que fora sempre muito alegre e sorridente, e lembro-me disso, e por vezes era uma criança tímida também... a minha vida na altura era tudo que pensava e queria, nada mais,... dar uns pontapés na bola, brincar e correr com as outras crianças... e não existia mais nada no Mundo para além disso!
Brincava com as outras crianças, em casa jogava computador ou via desenhos animados... isto era tudo o que me interessava!

Pensava eu como era bela a vida, como tão simples era viver, era so inspirar e expirar... como tão perfeito me parecia o Mundo.
Como criança também tinha o meu pequeno sonho, não sei bem dizer o que gostava de ser naquela altura, mas sei que pensava em como um dia queria ser conhecido pelo Mundo todo, mas pela ajuda e pelo bem às pessoas...
E que distante me parecem essas memórias, como se de um sonho se tratasse.

Hoje sou e vejo o Mundo completamente diferente, as minhas formas de entretenimento já não passam pelo brincar; todos os dias me deparo com miséria, probeza, maldade e infelicidade nas ruas; guerras, mortes, tragédias, injustiças na televisão.
Já não penso em ser mundialmente famoso por bons actos praticados, já sei como tão complicado isso é, e como tanto tentariam por me matar e como tanto falariam mal da minha imagem... por querer o seu bem...

Já não vejo o Mundo como o sítio perfeito que antes via, já não acho a vida tão simples como dantes, como pensava ser o ser Humano perfeito... pena em como não tive razão...

A vida passou fugindo,
Enquanto eu passo andando,
Foi tempo em que andei sorrindo
E eu pulei brincando!

Foi desse tempo de gente criança
Que absorvi e aprendi,
Guardei tanta lembrança...
Ainda me lembro do Mundo que vi!

O dia era claro
E o Sol sorria,
Era raro
O de que eu fugia.

Sabia o que queria sempre,
Pontapés na bola
Ou brincar com a gente...
Nada mais tinha na tola!

Como simples me parecia a vida,
Como me parecia tudo direito,
Como me parecia a gente querida
E como me parecia o Mundo perfeito!

Que fácil parecia viver...
E que fácil parecia sobreviver,
Gostava que tudo continuasse como dantes,
Com as suas amizades marcantes.

Sinto saudades daquele tempo,
De moço ingénuo
Em que negava tudo o que tento,
Em que não pensava se andava nu
E em que pensei tudo como perpétuo,
Mas Mundo, porque me mentiste tu?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia dos Namorados (e mais qualquer coisa...)

Boas noites pessoal, e antes de mais, feliz Dia dos Namorados, aos comprometidos e não comprometidos.
Isto realmente é daqueles dias, bem, especiais sem dúvida, mas leva-nos (leva-me) a pensar, que poderá eventualmente ter uma origem materialista, mas sobretudo futil (não querendo julgar ou impôr uma origem não verdadeira). Dia dos Namorados, dia que se oferece prendas às namoradas/namorados, passa-se os dias com elas/eles (quando há essa hipótese), e um outro qualquer encontro mais íntimo... mas, será revelador o uso materialista e dispendioso que rege neste dia?
Podemos pensar num eventual significado, tal como simplificar o dia a uma conversão de dinheiro em algo com significado especial, de abdicar de posses por essa pessoa (embora no meu ver isto não signifique grande coisa). Oferecer algo com significado, algum romantismo a uma pessoa, não direi que seja mau (antes pelo contrário), mas será que os materiais são capazes de representar os sentimentos, ou dignos de assim o fazerem? É muito relativo, mas porque decidirei oferecer algo hoje, ou algo daqui a 5 meses? A meu ver, não existe um Dia dos Namorados, acho que todos o são. Oponho-me mais uma vez ao materialismo e consumismo de um dia/época, porque materialismo foi uma forma simples que arranjaram de lhe atribuir uma acção, pois a meu ver, uma boa acção de um dia dos namorados não é nada disto...
Concordo e gosto de um dia dos namorados (só não do materialismo), e acho, que qualquer coisa que venha monumentar algo tão fabuloso, destacar tão belo sentimento e dedicá-lo a tão especial pessoa é sempre de louvar, mas como diria, um presente perfeito (totalmente livre de materiais), seria um dia passado a dois, um passeio juntos de tarde, um jantar privado com algum ambiente, dançar, passarem o dia e a noite juntos, enfim, dedicarem-se um ao outro... momentos como estes valem por mil prendas, e no entanto, não tem qualquer significado materialista :)
Aqui está um poema, dedicado a este dia especial, e ao mesmo tempo ao meu amor :)...

Em todo o dia
Me atribui uma vida,
E à alma uma melodia!
Que tal parceria,
Me pode assim confortar
Com sua natural magia,
Que sempre vejo
Como um profundo amar...
Um grande desejo!
Uma vida completa,
Que tivera uma caminhada incerta,
Te aceito com uma mente aberta...
Pois sei que és a certa!
Anseio todo o dia por te tocar...
Sentir a textura de teus lábios,
O calor do teu abraçar
E teus olhares vários.
Quero-te junto a mim
Aquecendo-me a alma,
Partilhando a calma
De um inexistente fim!
Calor de meu coração...
Melodia de minha alma,
E meu único mal, que nunca me farão...
É tirarem-te me da palma!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Filosofia de vida

Boas noites, povo sublime. Venho falar de um assunto, que muitas vezes nos passa ao lado, mas que é sempre algo que nos toca, dá conhecimento, pensamento e que de certa forma tem alguma razão.
Às vezes pensamos como a vida é complicada, aliás bem complicada, mas será assim a vida, ou seremos nós que às vezes damos demasiado valor a coisas simples, preocupamos demasiado com aquilo que não interessa? A nossa mentalidade é que é complicada, à medida que os anos vão passando e vamos interiorizando matérias, vamos pensando nelas, encadeando-as, esperar ou pensar demasiado... comparem a vossa vida de agora, com aquela que levavam aos 8 anos, com 8 anos eu queria era brincar com carrinhos, dar uns pontapés numa bola, jogar computador e estar nas tintas se já me chamaram para jantar ou não, complicado? Nós, humanos, nascemos com a característica da simplicidade, o complexo vai nos sendo adquirido ao longo dos anos, com necessidade? Recuso a aceitar que a complicação é necessária, às vezes a vida esfaqueia-nos pelas costas é verdade, mas porque havemos de ligar àquilo que nos magoa e prejudica, e não àquilo que nos beneficia e alegra?
Pensem na vida como um jogo, um jogo de Sims por exemplo, em que neste momento a vida é esta: acordar, comer, ir para as aulas, ir para casa, estar à tarde com os amigos, depois ir para casa jantar e dormir, complicado? Teóricamente não, práticamente sim, porque arranjamos sempre maneira de complicar a soma de 1 + 1. A rotina torna-se chata, então experimentamos outras coisas, ir sair a sítio diferentes, experiências diferentes, pode acontecer algo mau? Pode sempre, mas é sempre uma experiência que se ganha. Mais tarde conhecemos alguém especial, se arranjarmos uma relação, melhor, senão, é esquecer, é tudo uma questão de fases, e digo para alguns, por mais desilusões que possam ter, por mais desgostos, há sempre alguém por aí que tudo tem a ver com voçês, com quem tudo daria certo, esteja perto esteja longe. Mais tarde, depois de acabados os estudos a vida será: acordar, comer, ir para o trabalho, chegar a casa, jantar e dormir ou ir sair como se preferir, mais tarde somos despedidos, que é que pensamos? "Oh meu Deus! que vai ser da minha vida agora?", simples, adiciona-se esse último emprego ao currículo e procura-se outro emprego, demora-se muito tempo a encontrar e começam a surgir dificuldades? Simples, vai-se virar frangos para um restaurante onde há sempre trabalho, há espera que surga uma melhor oprtunidade. Por mais chatices que um acontecimento nos dê, tem sempre um lado positivo, é o lado que nos dá experiência e faz-nos crescer e pensar que temos sempre amigos a nosso lado e que nem o Mundo nem tão pouco a vida acaba aqui, complicado? Não, a vida não é complicada, a vida é apenas isto que citei aqui, nós é que arranjamos sempre maneira de a complicar e atrair os piores pensamentos.
Eu sei que isto na prática é difícil, está na consciência humana a complicação, mas no fundo,a vida é tão simples, e também tão agradável quanto o nascer do Sol nesta imagem...
Espero que este texto faça algumas pessoas pensarem... a vida é simples, e não há nada neste Mundo que mereça atenção para complicá-la, ou torná-la má ;)
Muitas vezes de nada vale o Mundo,
Muitas vezes mais vale virar as costas
E seguir caminho nisto a que chamamos vida...
Sempre soube que no fundo,
Não vale a pena ideias tortas
Daquelas que nos complicam o dia,
Mas sempre vivendo e nunca complicando,
O dia-a-dia que nos é atribuido
E eternamente pensando
Neste pequeno mundo que nos é possuído!
Facto maldoso,
De natureza ignorável,
Um assunto doloroso
Que não nos é amável...
Preferível nele não pensar
E apoiar no que é bom,
Naquilo que nos faz amar
E à vida nos dá um tom.
Não liguemos àquilo que não nos merece,
Àquilo que sempre nos estraga o humor
E a toda a hora nos entristece,
Apoiemo-nos apenas no amor
E naquilo que tudo dá e nada tira...
Aquilo a que chamo vida!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Vida

Bem, sem grandes coisas para comentar, venho aqui apenas agradecer (não sei bem a quem) a vida que tenho, os bons amigos que me rodeiam, e a mais perfeita namorada do Mundo =).
Espero que gostem...

A vida é um dom
Dado pela natureza,
E levá-la pelo lado bom
É sem dúvida uma certeza.
Vida que nos favorece,
E atribui cada novo dia
Da forma que cada um merece,
Pela mais indicada via!
E é a vida que ganhamos
E que escolhemos,
E pela qual que triunfamos,
Que tudo o que merecemos... teremos...,
A vida que nos gratifica,
E nos abençoa com este privilégio
De testemunhar tão belo Mundo,
Que com sua arte nos pacifica
Mas que castiga o sacrilégio,
De negar o seu profundo!
Tudo o que merecer,
Pode ser maldade ou cor,
E tenho por isso a agradecer,
A dádiva da amizade e do amor.
Agradecer por meus camaradas,
Que desde cedo me acompanham...
Agradecer por minha companheira,
Por dar-me a vida que tantos anseiam!

domingo, 20 de janeiro de 2008

Sorte... Vida... Amor...

Boas pessoal, venho aqui partilhar a minha felicidade, dar a noticia do que de melhor me aconteceu nos últimos tempos, talvez mesmo nos últimos 18 anos, hmm não... foi mesmo o melhor que me aconteceu na vida.
Já o tinha dito, pela primeira vez nesta última passagem de ano, senti que este novo ano ia ser especial, e, de facto, é mesmo!
A vida a cada um atribui algo de valioso, eu nada ou ninguém sou frente a todo este Mundo, mas ela... é o Tudo no meu Mundo!
Pensar que tenho sorte por encontrar tal amor, e adorar tal vida que ela me atribui...
Sempre pensei que o amor é algo que vem quando menos se espera, ela fortificou-me ainda mais esta crença, que de um dia para o outro aparece na nossa vida, e pensamos..."esta miúda tem ali algo de muito especial"... algo muito especial mesmo, que no momento (em que pessoalmente ainda é um mistério) não sabemos identificar, mas associamos ela a uma qualidade possívelmente perfeita, que mais tarde se veio a revelar verdade...
Aquela que falamos parecendo que nos conhecemos à anos, que por tantas coisas em comum, não podia haver alma mais gémea que esta, e ansiarmos mesmo conhecê-la por isto tudo, isto tudo e o mistério do muito mais...
Aquela pessoa, que vêem pela primeira vez à vossa frente, e pensam... "é Ela!"... Ela que me veio dar motivos à vida, não que mos faltem, mas passando ela a ser o grande motivo da nossa existência, completando-nos o vazio que preenchia o coração, e aquecendo-nos a alma com o tão vulgar sentimento de Amor...
Aquela por quem, 7 dias por semana não chegam, e que por muita coisa que possa fazer, nunca conseguirei dar o tanto que exige o meu amor por ela, mas por quem tudo farei para fazer feliz, e estar o máximo tempo com ela, porque é ao lado dela que me sinto bem, fazendo-me ela sentir tão especial como nunca ninguém me fez sentir, e quem eu desejo fazer sentir igualmente especial, porque de facto já o é para mim...
Ela chama-se Sónia, nasceu a 14 de Março de 1991, o nosso grande historial de grandes emoções futuras começou a 19 de Janeiro de 2008, é a rapariga da foto...e eu amo-a!
ps: Texto escrito ao som de Jason Mraz - I'm Yours... comentem =D..
Há dias que o Mundo nos vira costas...
Que a sorte nos ignora,
Sentes ter as mãos mortas
E só apetece sair por aquela porta...
Porta de saída desta rotina,
Largar esta vida torta
E seguir caminho pela matina.
Experimenta, talvez haja alguém
Que no instante te impeça,
Aquela que julgavas ninguém
Até prova da sua peça.
Foste tu que apareceste,
No dia em que o Sol sorria
E o Céu era brilhante...
Só tu me mereceste,
Mas talvez mereças mais,
Mas sem ti morria,
A ti que chamo amante.
És a flor que cresce em minha alma,
Anjo que me caiu do Céu,
Ao qual um dia voltarei a levar,
Pegando-te na palma da mão,
Num nosso ilhéu...
Num eterno amar!
Meu coração é vermelho,
Bandeira da tua presença,
Sem ti seria vazio e frio
E nada viria pelo espelho...
Faltava-me a tua pureza!
É a ti que te dedico isto,
A ti que és a certa,
E que nunca tinha visto
Alguém tão esperta,
Inteligente,
Interessante,
Especial;
Apaixonada pela vida,
Pela gente...
Coração gigante...
Especial!
Alguém que me dá insónia
Por pensar tanto nela,
Por seres tão bela...
Amo-te Sónia!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Lições...

Boas noites,... bem, não sei por onde começar, nem pouco mais ou menos o que dizer, mas apetece-me dizer alguma coisa, por menos inteligente que seja...
Bem, antes de mais, espero que tenham todos passado um bom ano, e posso dizê-lo, não costumo sentir isto, mas por qualquer razão sinto-me com boas expectativas para 2008, é esperar para ver.
Mas mesmo com estes bons sentimentos, sinto um vazio dentro de mim, não doloroso, porque a mim já nada me dói... mas incompleto. Pois bem (mal), o motivo deste meu sentimento negativo vive na minha vida à sensivelmente 4 anos, faz 19 anos daqui a 24 dias, meu primeiro e último amor deste o momento em que a vi, e, dando que pensar, não a vejo à mais de um ano, e à uns mesitos que não tenho contacto com ela, e ainda assim, penso nela (ganda moca!), será que é por ter sido realmente marcante para mim, pela pureza de suas acções... ou será que ainda gosto dela?
Chamem-me o que quiserem, foi a primeira vez que senti alguma coisa assim e, antes de o sentir, não o imaginava tão forte mas, realmente se apoderou de mim, abalou-me, felicitou-me, e sem dúvida que me moldou.
Sabem o que é, a primeira coisa que pensamos ao acordar, ser ela? Quando estudamos, damos por nós a pensar nela? Adormecer a pensar nela... para onde quer que olhemos a vemos, o que quer que ouvimos, a ouvimos, chegar a chamar alguém pelo nome dela, desejarmos acima de qualquer coisa no Mundo a sua companhia, e ainda assim, fazer tudo pela sua felicidade, signifique o que significar!
É mau recusar amor, às vezes é preciso ter cuidado com as pessoas que nos apaixonamos, não digo que em algum momento possa ser mau, a meu ver nunca o é. Desculpas para não se estar com quem se ama... hmm, distâncias, incompatibilidades de horários, modos de vida diferentes... é aceitável, inaceitável e recusar amor por o parceiro ser de uma outra nacionalidade, outra cultura, outra etnia ou outra raça, ou também por religião, sim porque não aceitar por motivos religiosos para mim é tao mau como por motivos raciais, porque também se pode considerar discriminação.
Bom, a vida é como um jogo, os primeiros anos de vida são a aprender as regras, os restantes a jogá-lo, aprende-se muito, sofre-se muito, ri-se muito, chora-se muito.
Este texto está uma bela porcaria, não me vou dar ao trabalho de o rever à procura de erros, mas fiquem-se pelo poema, deste eu pelo menos gosto. ;)
Neste sonho em que acordo todos os dias,
Numa era em que penso não pertencer,
São vidas paralelas que me fazem reagir...
Olhar para a agenda e contar quantas noites frias,
Quantos foram os pesadelos que me fizeram tremer,
E quantas lágrimas derramei por mentir...!
Que se riam, os que acham graça...
Pois eu nenhuma graça acho deles,
Graça é amor, e não o se pode procurar na praça,
Piada e estranheza sinto por eles,
Por questionarem a natureza da felicidade...
Agora questiono eu a natureza de sua humanidade!
Amar não é pensar...
Pensar é ódio!...
Amar é agir, lutar e abdicar
E mesmo comer sódio...
Amar é olhar o Céu,
Prometer a luta...
Ou jurar o esquecimento,
Baixar o chapéu
E mirar a Lua
Pensando que a olhamos,
Dar a nós um tormento...
Para proteger o que amamos!
Amar é erguer-se frente às armas
E gritar aos céus nossos sentimentos,
Abdicar do Mundo e da vida
E de todas as pessoas parvas,
Rezar por melhores ventos...
E apenas continuar nesta ida,
Que é vida.
Amar é olhar à volta e pensar o quão insignificante
É cada pedaço de Mundo,
Comparado com aquela que querias como amante...
Pensar que no fundo... ela é mais do que teu Mundo!
Amar é mais tarde esquecer
O que foi esta azia,
Mas sempre desejar voltar a ver,
E sempre recordar,
Quem foi a que um dia te deu cor,
E o que foi um dia...
Um grande Amor!