sábado, 27 de outubro de 2007

Felicidade

Boas, são 05:13 da manhã, e não vou negar que estou cansado (frito, por assim dizer), já cá não vinha à algum tempo e nem escrevia nada, e hoje passou-me pela cabeça vir cá escrever umas coisitas, deu-me na gana.
Como o título nos sugere... o que é a felicidade? Um estado idiota que nos faz delirar com a vida, algo que nos faz sentir bem com a vida, que nos faz ter expectativas grandes, ou pura e simplesmente um estado emotivo derivado de certas circunstâncias? Talvez um pouco de tudo... mas muita coisa leva-nos a pensar, o porquê de muita gente ter tudo e serem infelizes, e muita gente nada ter mas serem felizes. Meus amigos, eu considero, e nada mais para além disso, que existem apenas duas coisas essenciais à nossa felicidade: Amizade e Amor. Vulgarmente chamados de bens essenciais. Na minha condição de ser racional, valorizo-me como responsável por dar o meu contributo social e colectivo para uma sociedade melhor, o que me leva a negar tudo o que se revela desnecessário para mim, que possa ser eventualmente necessário para uma outra pessoa, e referente a isto tenho uma razão que me faria jogar no Euromilhões, outra que não faria, a razão que me faria jogar, é a de que estaria a ajudar instituições de cariedade (excluindo a a parte de que muitas direcções dessas instituições são uns chupistas), e que por mais nada jogaria, pois se um dia ganhasse, daria parte para o meu irmão e outra parte para instituições como a AMI, talvez apenas uma muito pequena parte ficasse para mim; e a razão que não me faz jogar (que é aquela por que me guio) é que a vida deve ser feita e construída à base de esforço e trabalho pessoal, e não de sorte ou sequer cunhas.
Pois embora não tenha própriamente grandes posses, considero-me feliz, pelo simples facto dos bons amigos que tenho...
Depois claro, há sempre aquilo, que eu referi como essencial à nossa felicidade, mas será essencial a partir de um certo ponto. Conheço pessoas que nunca o sentiram, conheço outras que o sentiram muitas vezes, eu apenas o senti uma vez; chorei, sofri, aprendi, cresci... apaixonei-me! É o tentar estudar matemática, mas em vez de entrar números entrar imagens dela; é o tentar dormir e essa imagem manter-nos acordado; é em cada música sentir a voz dela, é vê-la para onde que que olhemos. É o querer que tudo tivesse sido diferente... é o querer que eu tivesse sido diferente. É o termos algo para dizer mas o seu sorriso bloquear-nos a fala, é o desejar mais que tudo a sua felicidade, e não nos interessarmos por olhar para mais ninguém.
É alguém que nos aparece na vida em tempo de crise, e sejam quais forem as circunstâncias, haja relação ou não, haja intimidade ou não, haja amizade ou não... é sempre bom, por mais que soframos no momento, acabamos sempre por melhorar a nós próprios e obter uma visão diferente, aprender e crescer, mas claro, uma relação seria sempre algo muito mais interessante.
Só para acabar um último ponto, ciúmes; para mim é classificável como uma espécie de "amor individual", em que se deixa de pensar na pessoa amada, mas em nós.
Acabo agora de escrever este maldito texto, às 05:50 da manhã (mas atenção que o poema já tinha escrito antes de começar o texto...).
Tenho dito!
Mostra-me a tua alma,
Quero conhecer o teu eu,
Averiguar o que será meu
Com toda a calma.
Mostra-me o teu interior,
Pois o teu exterior
É-me interdito em sala de arte,
Deixa-me amar-te,
Pois tu mesmo sendo um ser superior
Deténs tanto amor...
Nesse teu frágil coração,
Para dar e partilhar
Dar-te-ei minha mão,
E um eterno abraçar...
Porque não?
Mostre-me o seu lado alegre
Para me consular,
Que para onde quer que me leve
Hei-de sempre amar;
Mostra-me o teu lado triste
Para assim eu te consular,
Que por onde quer que me viste...
Foi a teu par!
Mostra-me o teu lado positivo
Que me aceitará sempre,
Pois não tenho motivo
Para ter algo mais em mente;
Mostra-me o teu lado negativo,
Para assim eu te mostrar
Que mais nada sinto,
E que mais nada hei-de amar.
Quero amar-te por isso tudo
E por aquilo que representas,
Por aquilo que sempre foste no fundo...
Um Mundo meu apenas!