domingo, 27 de abril de 2008

Eu, Comunista...

Eu, Comunista, acredito na liberdade de todos.

Eu, Comunista, acredito na justiça e numa vida digna.

Eu, Comunista, acredito que o Povo faz a Nação.

Eu, Comunista, acredito na inovação e no progresso.

Eu, Comunista, acredito que a Paz pode triunfar.

Eu, Comunista, acredito na democracia.

Eu, Comunista, acredito numa Lei igual perante todos e na igualdade de todos perante a Lei.

Eu, Comunista, acredito que devemos assegurar um futuro às próximas gerações.

Eu, Comunista, acredito na união entre cidadãos, entre povos, entre nações...

Eu, Comunista, acredito na fraternidade.

Eu, Comunista, acredito num trabalho digno.

Eu, Comunista, acredito que todos temos uma opinião.

Eu, Comunista, acredito na luta pelos direitos de cada um.

Eu, Comunista, acredito num futuro em que todos vivemos uma vida digna, em paz.

Eu, Comunista, acredito que podemos vencer a discriminação.

Eu, Comunista, acredito que podemos conquistar uma sociedade e um Mundo melhor.

Eu, Comunista, fui censurado...


E tu, que és?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O que houve em Abril... e o que ainda falta haver!

Como ser humano, como comunista assumido e, acima de tudo, como português não há dia que mais signifique para mim, que aquele que marcou o fim de uma época de terror.
Foi a revolução mais pacífica e menos sangrenta de sempre (4 mortes), que falou bem alto pelo nome de Portugal, dos portugueses, do que há muito estava em falta e de um povo que sobrevivia e resistia, e que jamais desistira do seu direito à liberdade, à igualdade e à fraternidade, e temos de sempre agradecer e recordar aqueles que mais resistiram e lutaram pelo que temos hoje (desde Álvaro Cunhal na resistência e persistência, e Salgueiro Maia na acção como aqueles que mais acreditaram no povo português).

Pôs-se fim a uma ditadura depois de inúmeras tentativas, em que uma acabou por dar certo, conquistou-se a Democracia, a liberdade, a igualdade e a justiça (embora estes dois últimos ainda tenham de evoluir muito). Mas nem tudo é um mar de rosas (ou de Cravos), ainda muito há por conquistar, não só em Portugal mas no resto do Mundo, ainda milhões de crianças dormem nas ruas todas as noites, ainda milhões de crianças se prostituem para comer uma vez ao dia, continuam a morrer inocentes em guerras que deviam ser só dos políticos, ou melhor, que deviam ser apenas discursivas...
Ainda muitos humanos são explorados por outros, mesmo em Portugal; ainda existe muita desigualdade em todo o Mundo e falta de justiça... cabe a nós, humanos e populares lutar pela igualdade e por um tratamento justo.

Foi a época que marcou Portugal, fez sofrer portugueses e não só, e ainda há claras marcas desse regime demoníaco... mas é como português que tenho orgulho na minha história, como popular que honro a minha classe, e como comunista que acredito na minha ideologia!

Fica mais um da minha autoria, espero que gostem... Abril é nosso!

Tempos prisioneiros
E vidas roubadas,
Genocídios perfeitos
Em frentes armadas!

Tanta arma bélica
E um regime com tanto mal,
Nesta masmorra Ibérica
Que foi Portugal!

Uma luta de amor e resistência constante
De um povo de emoção febril...
De uma Nação apaixonante,
E a liberdade floresceu vermelha em Abril...

domingo, 6 de abril de 2008

Nostalgia

Boas noites, já cá não vinha à algum tempo, hoje decidi vir cá escrever umas coisinhas... deu-me vontade de falar deste assunto, pois sempre fui muito nostálgico, e vim hoje aqui comparar a pessoa que fui com a pessoa que sou, a forma como via o Mundo e a forma como vejo, a forma como vivia cada dia e a forma como vivo...

Serão sempre boas recordações, as passadas na infância, presentes como memórias eternas e, com alguma atenção, precebemos as grandes diferenças de nós como crianças e como maiores.

Em criança, meu pai diz-me que fora sempre muito alegre e sorridente, e lembro-me disso, e por vezes era uma criança tímida também... a minha vida na altura era tudo que pensava e queria, nada mais,... dar uns pontapés na bola, brincar e correr com as outras crianças... e não existia mais nada no Mundo para além disso!
Brincava com as outras crianças, em casa jogava computador ou via desenhos animados... isto era tudo o que me interessava!

Pensava eu como era bela a vida, como tão simples era viver, era so inspirar e expirar... como tão perfeito me parecia o Mundo.
Como criança também tinha o meu pequeno sonho, não sei bem dizer o que gostava de ser naquela altura, mas sei que pensava em como um dia queria ser conhecido pelo Mundo todo, mas pela ajuda e pelo bem às pessoas...
E que distante me parecem essas memórias, como se de um sonho se tratasse.

Hoje sou e vejo o Mundo completamente diferente, as minhas formas de entretenimento já não passam pelo brincar; todos os dias me deparo com miséria, probeza, maldade e infelicidade nas ruas; guerras, mortes, tragédias, injustiças na televisão.
Já não penso em ser mundialmente famoso por bons actos praticados, já sei como tão complicado isso é, e como tanto tentariam por me matar e como tanto falariam mal da minha imagem... por querer o seu bem...

Já não vejo o Mundo como o sítio perfeito que antes via, já não acho a vida tão simples como dantes, como pensava ser o ser Humano perfeito... pena em como não tive razão...

A vida passou fugindo,
Enquanto eu passo andando,
Foi tempo em que andei sorrindo
E eu pulei brincando!

Foi desse tempo de gente criança
Que absorvi e aprendi,
Guardei tanta lembrança...
Ainda me lembro do Mundo que vi!

O dia era claro
E o Sol sorria,
Era raro
O de que eu fugia.

Sabia o que queria sempre,
Pontapés na bola
Ou brincar com a gente...
Nada mais tinha na tola!

Como simples me parecia a vida,
Como me parecia tudo direito,
Como me parecia a gente querida
E como me parecia o Mundo perfeito!

Que fácil parecia viver...
E que fácil parecia sobreviver,
Gostava que tudo continuasse como dantes,
Com as suas amizades marcantes.

Sinto saudades daquele tempo,
De moço ingénuo
Em que negava tudo o que tento,
Em que não pensava se andava nu
E em que pensei tudo como perpétuo,
Mas Mundo, porque me mentiste tu?