domingo, 7 de dezembro de 2008

Emoções de outrora... Palavras de agora...

Boa noite a todos, são 3:30 da manhã, e o Sr. Pestana à muito que me bate à porta, mas não pude ficar indiferente, mas ressentido... nostálgico e de certa forma apercebido, que muito ficou por dizer, e talvez ainda mais por fazer, esclarecer; outros caminhos no passado podiam ter sido tomados, ou outras formas de combate num passado já mais recente... Sentimentos e emoções, trazidos à superfície e relembrados, na sua quase exacta essência por uma música que reencontrei aqui à pouco... perdida pelo tempo.

Tentei escrever um verso, um qualquer poema, mas não consegui, a alma, o pensamento e a memória me bloquearam (e o cansaço talvez tenha o seu contributo também). Venho aqui então falar por palavras simples, do assunto do amor, delicado, frágil, fraterno e essencial! Talvez o venha falar por necessidade própria, talvez sinta necessidade de remexer o passado (pois a verdade é que até sou muito nostálgico), tentar perceber ainda melhor certos pontos e falhas... ou dar ainda mais a conhecer esta minha história, que tanto valorizo, que tanto me magoou e ensinou, e talvez dizer a muita e tanta gente, que há certas situações na vida, em que o coração e a cabeça devem pensar em conjunto, e que pura e simplesmente o erro é de se evitar a 100%, ainda que aprendamos com isso.

Pois eu não sei a que situação terei chegado... não sei o que pensar, o que sinto. Sei que ainda não a esqueçi, e sei que a amei à quatro anos atrás... não sei é se ainda a amo, ou se terei perdido este sentimento dorido no tempo... talvez até tenha perdido a própria sanidade mental!

Continuo ouvindo esta música, que foi perdida no tempo e no espaço. Recordo na perfeição os momentos passados, as memórias perdidas... lembro-me do calor do seu abraço, do bater nervoso do meu coração, e ao mesmo tempo da naturalidade e tranquilidade em que ela me conseguia deixar... lembro-me do quanto ela era importante para mim, independentemente de qualquer circunstância, e do quanto me magooei a mim mesmo, apenas para protegê-la acima de tudo, pois tenho completa noção que toda a dor sentida terá vindo das minhas acções, pois eu censurava-me a mim mesmo, o meu próprio sentimento, e não são poucos os meus amigos que sabem que não passei bem, que sabem as muitas e tantas lágrimas que derramei, e que ainda assim, todo e qualquer momento passado a seu lado era mágico... pois era ela com quem queria estar.

As circunstâncias entre nós não ajudavam, podiamos ter todas as semelhanças em aspectos de amizade, mas tinhamos todas as diferenças em aspectos de amor. Sei que muito sofri por minha própria culpa, mas que disso não arrependo, pois foi tudo por ela. Mas sei também que errei em diversos pontos, erros estúpidos, que ainda mais me magoaram a mim, e que sei que a magoaram a ela... estes erros, não sei se alguma vez os perdoei a mim mesmo... Gostava que hoje as coisas fossem diferentes, gostava que a amizade se tivesse mantido tão forte quanto era, e que as coisas no passado tivessem sido diferentes, gostava que não existissem aquelas diferenças que a sociedade e cultura humana em certos grupos censura, que as questões emocionais tivessem sido diferentes... e que eu próprio tivesse sido diferente nalgumas situações!

Mas sinto falta realmente, do que é sentir todo este calor dentro de mim, o sentir a presença de alguém que é tão importante e que tanto me toca... o explorar e aprender, o sentir acompanhado e acompanhar... o sentir completo!

4:06 AM

Boa noite.