quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Mar

O Mar que me guarda os segredos, que me guarda as dores...
É salgado como as lágrimas,
Preenchido como as cores.
... É mágico como as fadas.

Ele que me escuta, que me ouve...
Ele que compreende o real,
Que sabe o que houve.
Ele me sente e adivinha o mal.

O Mar que é vivo como a Terra que gira,
É também sabichão como quem tem alma...
É surgido e misterioso como a vida,
Detém-nos o coração e traz a calma.

O Mar que é molhado como o prazer,
Brusco como a realidade
E intenso como a vaidade...
Sabe ele o que tudo fazer.

A Moral Desmoralizada da Moralidade deste Mundo

Por esta busca que me foi devida,
Pelo consagrado que me foi prometido,
Foi-me assim o sofrimento devolvido...
Foi-me assim retirada a permissa...

Por esta angústia imoldável
Em que habito este Mundo,
No desespero intrigante do desejável
Foi-se assim a esperança de um “tudo”...

Por esta vida, pela rotina nesta cidade o tempo não retorna,
Não se executa a evolução do óbvio
No facto degradável em que a vida se dá na volta.
Rejeita-se assim a possibilidade incerta de um acto notório.

Foi-me tapada a visão,
Abençoada a individualidade
De que sei ser impertencível.
Foi-me retirada a esperança, bloqueada a fé.
Foi-me maltratado o coração,
Com buracos de perda e penalidade,
Em uma realidade de destruição invisível
Não tendo mais força de pé...

Perdi a moral...
Perdi a moral para exigir,
O sentido de esperar.
Ganhei um mal, um novo mal de tingir,
Uma nova velha alma carregando um intemporal pesar...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Caminhos...

Boa noite gente. Por muitas vezes já, numa continuada jornada de mudança interminável, estagnação, numa insana caminhada de algo que ainda não percebi bem ser o quê, dou por mim fiel ao progressismo antes contestado do percurso normal das coisas, de um destino vulgar mas tão pouco previsível da vida. Dou por mim sentado frente a um monitor numa sexta à noite, ouvindo músicas que pouco ou muito dirão de mim.

Não sei o que foi feito de mim, de onde apareci e por onde me fui. Olho o passado, vejo o presente, e tento não adivinhar o futuro. Aquilo que fui, o que comigo se passou, o que hoje sou e talvez aquilo que amanhã serei. Reparo em um percurso vulgar das coisas, numa lei racional e lógica daquilo que não é natural e talvez nos leve a acreditar naquilo que na prática não nos constitui como pessoas, talvez mais presente em mim do que numa generalidade de pessoas da minha geração.

Eu fui alguém que hoje não sou, cresci, aprendi, errei e perdi mas também ganhei. Como muitas vezes penso e teorizo, talvez a minha paixão por "legos" em criança, me tenha aproximado por certas áreas da engenharia, e a minha curiosidade e interesse pela ordem e causa natural das coisas e dos factos feito pensar em tempos em jornalismo. Talvez a minha "maior tendência para morenas" venha da minha primeira grande paixão, algo quase como platónico. Talvez a minha relativa vivência com gerações mais velhas e acompanhamento das dificuldades da minha família me tenham feito menos consumista, menos materialista, e mais ciente das dificuldades e prioridades da vida.

Dou hoje por mim, sexta-feira à noite, frente a um monitor, algo que não faz parte de mim... nunca fez. Ouvindo uma música cuja letra e simbologia a mim nada dizia nunca e que eu e meus ideais rejeitavam. Dou por mim vistas as prioridades mudadas ao longo dos tempos, aquilo em que sempre acreditei e por que sempre lutei cada vez posto mais em causa... eu, que sempre me achei uma pessoa de princípios persistentes, de argumentos sólidos e motivos para aquilo em que sempre me apoiei, basiei e defendi. Talvez por isso nesta vida, nada seja absoluto mas tudo relativo. Talvez um ateu, um agnóstico ou um católico, tenham os mesmos princípios de vida, as mesmas bases e razões de crença... apenas diferentes maneiras de olhar o mundo e a ordem natural das coisas, talvez não tenha que haver uma causa ou uma razão absoluta, mas uma relatividade associada áquilo que somos, à nossa vida e ao nosso percurso. Talvez um comunista e um liberalista disponham das mesmas ambições e prioridades, não havendo talvez um absolutismo no "sistema errado ou sistema certo" e na "má decisão ou boa decisão". Tal como talvez um racista e um humanista lutem pelas mesmas consequências, objectivos tendo em vista diferentes critérios, não tendo talvez necessáriamente um associativismo ao ódio ou receptividade racial.
Talvez aquilo que em tempos fui, não o seja hoje na totalidade, na verdade cada vez ponho mais em causa ideais e princípios meus que toda uma vida me sustentaram e apoiaram. Talvez a minha maneira de ser seja muito diferente daquela que esperasse ou fosse suposto. Talvez a minha maneira de pensar em certos assuntos e pontos de vista não seja na sua integridade a mesma que em tempos passados. Ou talvez por vezes seja apenas pura e simplesmente necessário mudar...

Pouca coisa hoje sei, ao final de muita coisa passada, e talvez muita posta em causa. Sou-vos sincero, não me posso qualificar como uma pessoa feliz, no entanto também não tenho motivos para não o ser... simplesmente não sou nem deixo de ser. Se um dia tiver que ser alguma coisa dos dois, então que seja. Eu não sou muita coisa, e talvez seja relativo em muitas temáticas ou não. Sou apenas eu, Zé para uns Modesto para outros.
Talvez seja essa a definição da minha pessoa: a incerteza daquilo que sou, a questionabilidade de soluções palpáveis do muito ou pouco conhecimento que possuo, e a certeza de que nesta vida pouco ou nada é absoluto.

Assim apresento o Mundo, um lugar de sítios feios e belas paisagens. De dor e mágoa, euforia e risota... tristeza e felicidade. Daquilo que para uns "o que parece é" e para outros "o que parece não é", e que no fundo, são apenas definições que depende da nossa absoluta consciência, que depende directamente da relatividade do nosso percurso de vida...

E assim é. Uma boa noite a todos.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

E a vida se faz assim, continuando... permanecendo... sempre constatando

Se eu não chorasse,
Não aprenderia,
Não seria mestre...
Porém se igualmente não amasse,
Não me importaria,
E pouco concluiria...

A cada tempo, a cada história,
A conclusão permanece a mesma... mórbida,
Mereço chapadas pela única conclusão,
A única certeza que pareço teimar em não aceitar...
A única conclusão que pareço não tirar, para mal do meu coração.
Porém, sempre sei que é a mais verdadeira de todas... presente em toda a minha vida...
Em toda a minha célula, em cada músculo... cada batida.
A única conclusão vital da minha existência, a única que certamente deverei respeitar...

Talvez por muito, deva pedir perdão a muita gente,
Mas talvez por muito mais, deva pedir perdão a mim mesmo.
Certas coisas teimam em repetir-se na nossa vida
Tristemente com a mesma conclusão...
Minha alma, minha mente,
Pobre de si, por este coração...
Espero depressa poder abandonar este cesto,
Este lixo, onde jaz a mais pura verdade tida...

Não espero que me percebam, que me compreendam...
Não espero que me sejam solidários.
Sei aqueles, aquilo, as tantas coisas que para sempre pendam
Por si mesmas, pelo destinado... pelos letrários...

domingo, 28 de junho de 2009

A nossa Derrota...

Boa noite a todos.

De facto já cá não vinha à algum tempo, e devo dizer que realmente o meu ânimo, a minha disposição, estão relativamente mais estáveis. Embora pudesse estar bem melhor, o abalo está presente... pois embora trate-se de algo de certa forma já ultrapassado à muito e que hoje em dia já não terá grande importância, magoa-me ao constatar que terá sido um ano induzido em erro, e que nem sacrifícios meus e nem sequer a pessoa em causa alguma vez mereceram esforços da minha parte... mas pelos vistos, foi esta a conclusão que ela quis que eu tirasse, com muita pena minha.

Mas de qualquer das formas, este texto, ou esta pequena reflexão não é sobre esse tema, esquecemos essa tristeza, que eu assim igualmente farei.

Venho falar, daquela que talvez seja, pelo menos para mim, a maior derrota do ser Humano.
Já experimentaram parar por um minuto, paralisar a vossa vida por completo num qualquer momento do espaço ou do tempo, para se abstrairem das nossas complicações e stresses enquanto seres humanos erráticos, e contemplar as pequenas e boas coisas da vida enquanto seres vivos de magníficos pormenores?

Talvez seja exagero da minha parte, mas talvez de facto devêssemos dar menos preocupação a coisas superficiais e não-essenciais, e dar mais atenção às coisas básicas da vida.

Ontem à tarde, antes de sair para jantar fora em casa de um amigo, meu pai terá saído antes de mim, e reparei eu no seu estado abatido, em baixo. Quis saber o que se passava.
Reparo-me solidário, para com uma pessoa que nunca conheci, para uma família que nunca conheci mas que ainda assim, tal situação e tal indivíduo captou a minha atenção. Meu pai saia de casa para visitar um amigo, um homem não velho, mas um doente terminal de cancro.

Sinto-me solidário, ao constatar as condições em que esse homem se encontra, por ele, e pela sua mulher, filhos e netos que para trás ficam.

Não sei realmente, sob que consciência esse homem parte, não sei realmente que sonhos e desejos terá concretizado esse homem ao longo de uma vida, mas imagino a tristeza e a desmotivação em caso de falha, contrários àqueles em caso de sucesso.

Um dia todos nós partiremos, na hora de cada um ou numa hora de antecedência, cabe a nós aproveitarmos a vida que nos foi dada, viver cada momento que nos é passado e contemplar cada pormenor existêncial que nós testemunhamos, e que a nós igualmente testemunha...

Recordemos apenas: os que partem sempre morrem, mas sua existência sempre em nós fica!

Mais um poema por mim mais abaixo :) espero que gostem,
Cumprimentos.

Sobre esta matéria que nós erramos,
Perdemos a contagem do que erradicamos.
Perdemos o ideal de nossa defesa,
Para que erradamente nos apoiemos na fraqueza...

Esquecemos a ideia e o motivo,
E largamos a larga esperança do que está oculto.
Porque se a bem formos ver, um “tudo” é emotivo!
E por esse “tudo” eu faço luto.

Nas perdidas memórias do que sempre celebramos
Ficam assim guardadas mas perdidas, as alegrias de um motivo.
Foram esquecidos todos os pormenores, todas as presenças que amamos,
Pois a alegria da vida, já foi o nosso motivo!

Sobre nossas mentes, nossas almas
Jazem aqueles que para trás ficaram.
Descansem aqueles, que por nós produziram calma...
Que por nós existiram, e que por nós amaram...

Por aqueles que já lá vão, e que por lá ficaram,
Os quero saudar... avivar a sua existência que por cá sempre ficou.
E saudar ainda mais àqueles que mais cedo partiram,
Que nada puderam fazer ao que lhes marcou...
E que ainda assim, por nós falaram.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Melancolia

Boa noite.

Nos últimos dias, tenho me sentido relativamente em baixo, melancólico.

Talvez não tenha bem a certeza da sua causa, e talvez ainda menos da sua legitimidade, mas sei aquilo de que sinto falta.

Não sei, mas provávelmente poderá ser exagero da minha parte... mas eu sou mesmo assim, sou um ser sentimental cuja natureza não está preparada para enfrentar a vida como uma alma só... pois afinal a vida nunca é apenas uma...

E sinto-me sozinho, vazio... creio que não me fosse destinado uma caminhada solitária como ser sentimental e atencioso que sou... e possívelmente será essa a minha sina.

Falta-me desejo, falta-me paixão, amor, emoções... sinto falta de companheirismo... mas acima de tudo falta-me auto-estima e moral!
Sinto-me incompleto...

E este foi apenas um desabafo, posso também dizer que por vezes começo a duvidar da minha filosofia de vida, de certos ideais meus que até agora me terão mantido de pé, mas possívelmente enganado...

Deixo-vos aqui um poema escrito à pouco, espero que gostem.
Boa noite a todos.


Cansa-me a solidão, e fartou-me a procura...
Desespera-se a harmonia
E eterniza-se uma melancolia.
Angústiado coração, pela falta de uma cura...

Anseia-me um futuro por aquilo que me espera,
Pela solução, pela desilusão que agora me preenche.
Vivendo o dia-a-dia, na sombra de uma ideia que me mente,
E num ideal que em mim cada vez menos opera
Nesta Terra que cada vez é menos esfera.

Preocupa-me ainda mais a própria preocupação,
Sei eu que dou excessiva importância,
Mas nem eu tenho a certeza da explicação
Por dentro deste coração de insânia!

Chamem-me um idiota,
Mas eu sou um ser sentimental
E falta-me a rota...
Para longe desta situação prisional...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Olhar... denúncias da alma!

Muito boa noite a todos.

Terei eu de certo modo estado ausente nos últimos tempos, não na forma física mas algo espiritual, como muitos de voçês devem ter percebido andei relativamente em baixo nos últimos tempos, talvez não tenha ainda bem a absoluta certeza do porquê, e soube eu à poucos dias que tive em risco de cair em depressão, mas felizmente acho que me posso considerar livre de perigo :).
Acho que posso afirmar, que houve certas coisas que aprendi, algumas de mim próprio que de certa forma desconhecia ou me passavam despercebidas, penso que o terei que encarar como uma mais-valia e uma ferramenta para o futuro, para a vida.

Venho aqui então escrever, apenas um pouco, ligeiramente, do que há de mais identificativo em nós enquanto pessoas: o olhar, sem dúvida alguma uma exposição da nossa alma, e eles próprios transmitem a vida em cada um de nós, carácter e sentimentos.

É o que há de mais mágico em nós. Podemos mentir, ocultar uma verdade, segredar, fechar-nos, mas... eles nunca nos deixam! Com a observação correcta, constatamos o tanto que um simples olhar nos pode dizer, e o que ao mesmo tempo o nosso transmite ao resto deste imenso Mundo... pois mesmo quando usamos ou queremos usar uma máscara, eles estão sempre a descoberto! Denúncias e liberdades da alma!

Por baixo desta imagem, está um poema, escrito por mim à pouco, espero que gostem :).
Boa noite a todos.



A alma da gente e os pares de sua pertence...
São como companheiros, uniões completas,
A de um espírito e seu olhar.
As artes mais manifestas,
Puramente mágicas de um entregar e dedicar.

São nossos olhos... faróis de nossa presença,
Dados a um Mundo irrisório
Algo fantástico, e suspeito até!
Diria eu com toda a franquesa,
Não será este par apenas um observatório,
Mas também uma vigia de maré...

Uma janela de fuga para um Mundo exterior,
Denúncia de nossa alma, nossos mais profundos desejos...
Declarados em guerra... ou amor.
Uma compaixão, algo de ardor... com que ansiâmos o Mundo por futuros feitos.

Aberta é nossa alma, esperando pela maravilha fronteiriça...
Do admirar e dedicar, e também auto-denunciar
Uma presença algo fútil, mas para nós massiça.
Desejos de realizar, ou simplesmente de desejar!

Esperemos cada um de nós amar o outro
Ainda antes de amarmos a nós...
Tal não é possível, pois apenas dentro de nós há um tesouro
Capaz de cativar um Mundo de paixões...
E aí então, ouvir a voz...
De múltiplos corações!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Falha entre-linhas

São muitos aqueles, que poderão ter reparado na minha má fase ultimamente... sabem aqueles que verdadeiramente me conhecem, que não ando o mesmo Zé, normalmente sempre alegre face a tudo e todos... e sei que nalguns pontos talvez tenha sido menos correcto com alguns... e desde já as minhas desculpas.

Ando em baixo, desmotivado... desmoralizado, sem vontade para nada. Sinto-me sem quaisquer objectivos de vida, sinto-me fraco... impotente face aos múltiplos desafios que a vida têm para oferecer. Sinto cá andar... simplesmente por andar, não fazendo muitas vezes grande diferença a alguns, e talvez a pessoas que mais eu gostava que fizesse...

A minha vida está de pernas para o ar, não sei o que fiz, o que faço, nem tão pouco o que farei face a múltiplos problemas que me rodeiam neste momento, desde financeiros, emocionais/amorosos, a objectivos e vontades.

Não sei realmente que imagem tenha eu dado a certas pessoas nos últimos dias, não sei mesmo se em algum ponto as poderei ter magoado... e não sei mesmo se alguma vez certas emoções do meu lado terão sido alguma vez reconhecidas sequer por outras.

Confronto-me eu neste momento, com princípios meus que nunca pensei confrontar. Já aprendi muito com o passado, mas não sei o que faça com o presente... o que esperar do futuro...

Não sou perfeito, ninguém o é, tenho apenas pena que muitas vezes não reconheçam certos valores meus, certas atitudes/esforços da minha parte.

Costuma-se dizer que quando se está no fundo, o único caminho é a subida... sinto-me com dificuldade em encontrar essa subida...


Gostava de uma oportunidade de o dizer...
E de saber se alguma vez signifiquei.
Um acto de o fazer, realizar,
Perceber no ponto que menos acertei
E poder certamente o constatar.

Gostaria realmente,
De um momento que tudo diria
Pessoalmente por mim, por outro amorosamente.
Adoraria de facto, de um reconhecimento do outro lado,
E de adivinhar sim o aquilo tudo que se faria...

Em momentos sim,
Que senti tal necessidade de abraçar.
Algo que jamais teve fim, porque início ficou por ali.
Adoraria ter avançado com a paixão, e alcançar um talvez amar.

Sinto que, de uma forma ou de outra,
Muito estraguei, e sinto-me impotente
Neste momento face a desafios que compoem a vida...
Que compoem um homem, como alma que sofre, e nada mais tem que sofra.
Neste momento, estou de mim, da minha vida e daqueles que me rodeiam ausente,
Receio... por uma volta que se torne ida...

Muitos não perceberão...
Mas também poucos realmente sentirão...


Escrevi isto, em nome de alguém. Se esse alguém não sabe quem é, tenho toda a pena do Mundo em constatar que nunca alguma vez signifiquei nada...

Uma boa noite a todos
...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Uma velha memória

"Amadora, 26 de Dezembro de 2005


Zéee** =D...
Bem, vim-te aqui dedicar umas palavrinhas, pois mais que ninguém tu as mereces.
Consegues sentir o quão importante és para mim? Possívelmente não!

Costuma-se dizer que as relações pela net são imprevisíveis e irreais mas comecei a não partilhar nada dessa opinião.
É estranho como as coisas são assim... já fez tanto tempo desde que te conheci, sinceramente não me arrependo de nada, parece que tudo devia ter sido como foi, pois essa para mim foi a forma perfeita!

Não sei como serão as coisas no futuro, mas espero que não mude nada do que sinto agora, no presente. Não vai mudar!

Sem dúvida alguma, sinto que és o meu melhor amigo e acredita que penso logo em ti sempre que me sinto menos risonha. Não só quando eu estou mal, mas também quando sinto necessidade de contigo partilhar a minha alegria.

Assim me despeço dizendo-te que estarei realmente sempre de coração aberto para ti!


Muitos beijos da tua sempre amiga,

Ana Filipa Diogo

ADORO-TE** =D
"

Bem, aqui acima, está a cópia (mais ou menos exacta) de uma carta me entregue pessoalmente pela pessoa em causa, na altura um grande amor meu, e melhor amiga Ana Diogo. Carta datada de finais de 2005, como podem verificar.
Tinha esta carta guardada aqui, numa gaveta cheia de tralhas onde supostamente guardo aquelas coisas que me são mais preciosas. Realmente sinto alguma nostalgia, saudade e talvez até alguma tristeza... ao constatar o que se perdeu com o passar dos anos, o que mudou e que se jurou nunca mudar.
Tínhamos uma grande afinidade um pelo outro. Uma amizade íntima onde não havia segredos e falava-se de tudo. Ela sentia um grande laço de amizade e confiança por mim, e talvez irmandade e alguma fraternidade também de certa forma. Eu também sentia isso tudo, mas infelizmente para mim, para nós... sentia também muito mais que isso!
Saudades de algo tão precioso que se perdeu, porque mais do que amor da minha parte, tínhamos realmente um laço forte... pena em como as coisas acabaram.
A carta tem data de finais de 2005, eu conheci-a pessoalmente em finais de 2004, embora já falássemos pela net muito antes disso. E realmente, lembro-me na perfeição do dia em que a conheci, em que a vi pela primeira vez. Não apercebi realmente sentimentos poderosos por ela para além de uma forte amizade na altura, mas agora percebo que foi desde o primeiro momento... e ainda me lembro desse momento! Lembro-me da primeira coisa que ela me disse: "Chiça, és mesmo alto tu!" e disse-o de sorriso na cara, sempre de sorriso na cara...
Lembro-me dos pormenores desse dia magnífico. Como nos comecámos logo imediatamente a dar bem, como o Sol brilhava nesse dia... mal sabia eu a história por que eu iria passar por ela, e por aquele laço...
Saudades do passado, e ânsia pelo futuro...
Boa noite.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A mágoa, o custo e a memória...

Malta...

Já não sei o que dizer, o que sinto ou o que penso... estou desiludido comigo mesmo. Cheguei à conclusão do que receava, e sinceramente, dói, e já não me lembrava realmente o quanto doía. A saudade apoderou-se de mim esta noite, a mágoa e o ressentimento a acompanham...

Estou triste comigo mesmo, pois já lá vão 5 anos... e achava ultrapassado mas, no fundo nunca fora. Estou farto, estou farto realmente, desta prisão emocional...

A dor me bloqueia o raciocínio... reencontrei e voltei a ouvir, uma música que não ouvia à cerca de 2 anos... essa música, trouxe-me à superfície o sentimento perdido... sinceramente já não lembrava o quanto doeu à 4 ou 5 anos atrás, e reconheço realmente, que ela tinha um qualquer toque especial, que em mais nenhuma rapariga reencontrei, uma magia conciliável. Tenho saudades de estar com ela, um simples lado-a-lado, um simples toque, um escutar a sua voz, a companhia, e cheguei a triste conclusão, que ao final de 5 anos, o sentimento nunca mudou, e apercebi-me que ainda hoje eu seria capaz de dar a vida por ela, e tudo o resto... sinto algum receio, não tenho notícias suas à meses, não sei se está bem, como está...

Perdi muito por ela, e acabei por a perder também. Só queria apenas uma oportunidade de a ver uma última vez, a pudesse a olhar uma última vez nos olhos e dizer que nunca a deixei de amar, e nesse momento acompanhar estes mesmos olhos com as mesmas lágrimas que me correm pela face... é triste, mas é verdade, não chorava por ela à 2 anos... por isso não posso esconder mais de mim mesmo, que nunca a deixei de amar, e que ela é realmente essencial na minha vida.

Sinto necessidade de a rever novamente, ter uma oportunidade de lhe provar o quanto ela significa, o quanto amo, o quanto me dói a distância e o desconhecimento, e a sua ausência

Dava tudo por ela... dava a vida, tão depressa quanto casava, posso estar louco, mas afinal amor é isso mesmo...

Estou desiludido comigo mesmo, hoje cheguei a conclusão que nunca a deixei de amar, voltei passado dois anos a chorar em seu nome, e sinto saudade pela sua presença, receio pelo seu bem estar pois nada sei dela, e por ela eu choro neste momento...

realmente dói, custa, aflige...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

E se o amor matasse?

Se amor matasse,
Haveria alma que não vivesse...
Se amor matasse,
Não havia quem isto escrevesse.

É um episódio de vida,
De tamanha riqueza,
Da alma será sempre fraqueza
Por cada alma por si sofrida.

É na vanguarda das emoções,
Que um rapaz morre e um homem nasce,
Por muitos e tantos corações
Em que cada um abençoado se ache.

Ou pelo menos nascido um ser que muito terá perdido,
Mas outras riquezas ganho,
Em um coração que é dorido...
Mas em que muito lhe foi dado!


No sentimento e saudade de outros tempos...

Aproveito para desejar um óptimo ano novo a todos. :)
Cumprimentos.