domingo, 22 de fevereiro de 2009

Olhar... denúncias da alma!

Muito boa noite a todos.

Terei eu de certo modo estado ausente nos últimos tempos, não na forma física mas algo espiritual, como muitos de voçês devem ter percebido andei relativamente em baixo nos últimos tempos, talvez não tenha ainda bem a absoluta certeza do porquê, e soube eu à poucos dias que tive em risco de cair em depressão, mas felizmente acho que me posso considerar livre de perigo :).
Acho que posso afirmar, que houve certas coisas que aprendi, algumas de mim próprio que de certa forma desconhecia ou me passavam despercebidas, penso que o terei que encarar como uma mais-valia e uma ferramenta para o futuro, para a vida.

Venho aqui então escrever, apenas um pouco, ligeiramente, do que há de mais identificativo em nós enquanto pessoas: o olhar, sem dúvida alguma uma exposição da nossa alma, e eles próprios transmitem a vida em cada um de nós, carácter e sentimentos.

É o que há de mais mágico em nós. Podemos mentir, ocultar uma verdade, segredar, fechar-nos, mas... eles nunca nos deixam! Com a observação correcta, constatamos o tanto que um simples olhar nos pode dizer, e o que ao mesmo tempo o nosso transmite ao resto deste imenso Mundo... pois mesmo quando usamos ou queremos usar uma máscara, eles estão sempre a descoberto! Denúncias e liberdades da alma!

Por baixo desta imagem, está um poema, escrito por mim à pouco, espero que gostem :).
Boa noite a todos.



A alma da gente e os pares de sua pertence...
São como companheiros, uniões completas,
A de um espírito e seu olhar.
As artes mais manifestas,
Puramente mágicas de um entregar e dedicar.

São nossos olhos... faróis de nossa presença,
Dados a um Mundo irrisório
Algo fantástico, e suspeito até!
Diria eu com toda a franquesa,
Não será este par apenas um observatório,
Mas também uma vigia de maré...

Uma janela de fuga para um Mundo exterior,
Denúncia de nossa alma, nossos mais profundos desejos...
Declarados em guerra... ou amor.
Uma compaixão, algo de ardor... com que ansiâmos o Mundo por futuros feitos.

Aberta é nossa alma, esperando pela maravilha fronteiriça...
Do admirar e dedicar, e também auto-denunciar
Uma presença algo fútil, mas para nós massiça.
Desejos de realizar, ou simplesmente de desejar!

Esperemos cada um de nós amar o outro
Ainda antes de amarmos a nós...
Tal não é possível, pois apenas dentro de nós há um tesouro
Capaz de cativar um Mundo de paixões...
E aí então, ouvir a voz...
De múltiplos corações!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Falha entre-linhas

São muitos aqueles, que poderão ter reparado na minha má fase ultimamente... sabem aqueles que verdadeiramente me conhecem, que não ando o mesmo Zé, normalmente sempre alegre face a tudo e todos... e sei que nalguns pontos talvez tenha sido menos correcto com alguns... e desde já as minhas desculpas.

Ando em baixo, desmotivado... desmoralizado, sem vontade para nada. Sinto-me sem quaisquer objectivos de vida, sinto-me fraco... impotente face aos múltiplos desafios que a vida têm para oferecer. Sinto cá andar... simplesmente por andar, não fazendo muitas vezes grande diferença a alguns, e talvez a pessoas que mais eu gostava que fizesse...

A minha vida está de pernas para o ar, não sei o que fiz, o que faço, nem tão pouco o que farei face a múltiplos problemas que me rodeiam neste momento, desde financeiros, emocionais/amorosos, a objectivos e vontades.

Não sei realmente que imagem tenha eu dado a certas pessoas nos últimos dias, não sei mesmo se em algum ponto as poderei ter magoado... e não sei mesmo se alguma vez certas emoções do meu lado terão sido alguma vez reconhecidas sequer por outras.

Confronto-me eu neste momento, com princípios meus que nunca pensei confrontar. Já aprendi muito com o passado, mas não sei o que faça com o presente... o que esperar do futuro...

Não sou perfeito, ninguém o é, tenho apenas pena que muitas vezes não reconheçam certos valores meus, certas atitudes/esforços da minha parte.

Costuma-se dizer que quando se está no fundo, o único caminho é a subida... sinto-me com dificuldade em encontrar essa subida...


Gostava de uma oportunidade de o dizer...
E de saber se alguma vez signifiquei.
Um acto de o fazer, realizar,
Perceber no ponto que menos acertei
E poder certamente o constatar.

Gostaria realmente,
De um momento que tudo diria
Pessoalmente por mim, por outro amorosamente.
Adoraria de facto, de um reconhecimento do outro lado,
E de adivinhar sim o aquilo tudo que se faria...

Em momentos sim,
Que senti tal necessidade de abraçar.
Algo que jamais teve fim, porque início ficou por ali.
Adoraria ter avançado com a paixão, e alcançar um talvez amar.

Sinto que, de uma forma ou de outra,
Muito estraguei, e sinto-me impotente
Neste momento face a desafios que compoem a vida...
Que compoem um homem, como alma que sofre, e nada mais tem que sofra.
Neste momento, estou de mim, da minha vida e daqueles que me rodeiam ausente,
Receio... por uma volta que se torne ida...

Muitos não perceberão...
Mas também poucos realmente sentirão...


Escrevi isto, em nome de alguém. Se esse alguém não sabe quem é, tenho toda a pena do Mundo em constatar que nunca alguma vez signifiquei nada...

Uma boa noite a todos
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