quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A Moral Desmoralizada da Moralidade deste Mundo

Por esta busca que me foi devida,
Pelo consagrado que me foi prometido,
Foi-me assim o sofrimento devolvido...
Foi-me assim retirada a permissa...

Por esta angústia imoldável
Em que habito este Mundo,
No desespero intrigante do desejável
Foi-se assim a esperança de um “tudo”...

Por esta vida, pela rotina nesta cidade o tempo não retorna,
Não se executa a evolução do óbvio
No facto degradável em que a vida se dá na volta.
Rejeita-se assim a possibilidade incerta de um acto notório.

Foi-me tapada a visão,
Abençoada a individualidade
De que sei ser impertencível.
Foi-me retirada a esperança, bloqueada a fé.
Foi-me maltratado o coração,
Com buracos de perda e penalidade,
Em uma realidade de destruição invisível
Não tendo mais força de pé...

Perdi a moral...
Perdi a moral para exigir,
O sentido de esperar.
Ganhei um mal, um novo mal de tingir,
Uma nova velha alma carregando um intemporal pesar...

1 comentário:

Rosana disse...

Não sei se é o que realmente sentes mas, dentro de ti não deveria haver esse vazio. São apenas palavras, ou são palavras sentidas e vividas? Se forem, é pena que tenhas sentimentos tão negativos.

Contudo tens aí um óptimo "trabalho".E espero em breve ver aqui algo mais alegre, mais vivo. Algo que transmita uma certa Felicidade de dentro de ti que sei que existe. Beijinhos, Roxy